Unha Preta

Nas vastas planícies sanfranciscanas, drenadas pelo rio Verde Grande no Norte de Minas Gerais, duas comunidades de remanescentes de quilombo: Gurutuba e Brejo dos Crioulos, revelam um tempo em que os negros que aí chegaram construíram autonomamente seu modo de vida em liberdade, como reafirma o Sr. Narciso … eram terras de ausente. A seu favor, os furados (ambientes rebaixados que acumulavam água no período das chuvas) infectadas pela malária, impediram durante muito tempo que outras populações, que não as negras, vivessem aí. Assim, nestas terras de ninguém, constituiu-se um espaço territorial livre, denominado de Campo Negro da Jahyba. Esta situação mudou a partir dos anos 1960, quando o governo, por meio de políticas de desinsetização e subsídios para empresas agropecuárias, dá partida ao processo de expropriação que expulsa milhares de famílias de seus locais de origem. Neste documentário alguns representantes dessas populações que vivem encurraladas em pequenos espaços de terra, expressam lucidez quanto aos valores de sua cultura e nos contam suas vidas e seus anos de luta pelos direitos étnicos.

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One Reply to “Unha Preta”

  1. Tenho muito orgulho de ser neta de quilombola. Meu avô Mariano Gonçalves era do quilombo de Gurutuba. Foi casado com Geralda Beatriz, cujo apelido era Roxinha. Meu pai é conhecido como Kelé , hoje está com 72 anos, não moramos em MG. Gostaria muito de saber mais sobre a história, a genealogia deste povo.

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